A presidente Dilma Rousseff chegou na manhã desta sexta-feira, 24, a Adis Abeba, na Etiópia, onde participará das comemorações dos 50 anos da União Africana. O primeiro compromisso oficial da presidente era um encontro, às 17 horas com o primeiro-ministro da Etiópia, Hailemariam Desalegn. Na ocasião, deverão ser assinados acordos de cooperação em ciência e tecnologia, agricultura e serviços aéreos – a Ethiopian Airlines se prepara para lançar em julho voos ligando Rio de Janeiro e São Paulo a Adis Abeba.
O embaixador Roberto Azevêdo, novo diretor-geral da OMC, integra a comitiva brasileira, ao lado dos ministros Antonio Patriota (Relações Exteriores), Aloizio Mercadante (Educação) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).
“A política externa brasileira definiu durante o governo Lula e reiterou quando ela (Dilma) assumiu a presidência que a África é prioridade”, disse o assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia.
Segundo Marco Aurélio, Dilma pediu que Azevêdo a acompanhasse na viagem para dar tempo de os dois conversarem no avião, durante o deslocamento de Brasília para Adis Abeba. Para Garcia, Azevêdo tentará retomar as discussões da Rodada Doha, mas o próprio assessor disse considerar ser “difícil” se chegar a um consenso.
Esta é a terceira viagem de Dilma ao continente só neste ano – a presidente visitou Guiné Equatorial, em fevereiro, para a III Cúpula América do Sul-África, emendando com uma passagem pela Nigéria, onde se encontrou com o presidente Goodluck Jonathan. Em março, participou em Durban, na África do Sul, da V Cúpula de Chefes de Estado e de Governo dos Brics.
Neste sábado, a presidente vai à sede da União Africana participar da sessão de abertura do Jubileu de Ouro da União Africana. Também está previsto um almoço com autoridades.
Dilma deve passar apenas 27 horas na Etiópia, um dos países que mais crescem na África e no mundo – o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê um aumento no PIB de 6,5% para 2013 e 2014, depois de altas de 7% (2012) e 7,5% (2011), alavancadas pelo desenvolvimento agrícola.