Apesar de o Palácio do Planalto não atribuir ao estado de saúde da presidente Dilma Rousseff o adiamento da viagem ao Uruguai, inicialmente previsto para a próxima segunda-feira, dia 23, para o dia 30 de maio, o objetivo da postergação da data foi preservá-la.
Oficialmente, o Planalto explica que a data não estava confirmada, mas apenas prevista e que, por questão de ajuste de agenda, precisou ser alterada. Dilma já havia cancelado a viagem ao Paraguai, que seria no domingo passado, dia 15, sob a justificativa de que precisava terminar a recuperação do tratamento da pneumonia.
Até a sexta-feira, dia 13, ela estava tomando antibiótico por meio de um cateter. No momento, todos os medicamentos foram suspensos, inclusive as nebulizações.
A presidente Dilma preferiu manter a agenda desta semana ainda em ritmo um pouco mais lento, adiando também a viagem que pretendia fazer na sexta-feira, dia 20, para Angra dos Reis, a fim de inaugurar a plataforma P-36 da Petrobras. A princípio, ela irá ao Rio na sexta-feira da semana que vem.
Nesta semana ela ainda despachou no Palácio da Alvorada e hoje, por exemplo, almoçou por lá, o que não é de costume. Depois voltou ao Planalto por volta das 15h30 para se reunir com a rainha Silvia da Suécia e retornou à sua residência oficial às 17h30.
A presidente mandou que fosse agendada a sua ida a Salvador no próximo domingo para a cerimônia de beatificação da Irmã Dulce, mas a viagem ainda está a confirmar.
Ontem, pouco antes de receber o primeiro-ministro sueco, Fredrik Reinfeld, no Planalto, Dilma comentou com os jornalistas que está “bem de saúde”. “Estou na reta final. Já não tenho mais a doença”, disse, embora tenha tossido três vezes depois disso.
Hoje, no entanto, a presidente justificou aos integrantes do Grito da Terra que não compareceu à concentração do movimento, como fez nos anos anteriores, ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, porque “não está ainda bem de saúde”. Justificou o seu estado também para não cumprimentar um a um dos presentes à reunião com os trabalhadores rurais no Planalto.