alinhamento

Dilma acionou Temer para prevenir baixas do PMDB

Para ajudar o governo a conseguir a aprovação de um salário mínimo de R$ 545, o vice-presidente Michel Temer entrou em campo para pedir apoio à bancada do PMDB. Embora o partido tenha mantido um comportamento reservado durante a discussão do mínimo, o governo preferiu manter o alerta ligado, prevenido contra eventuais baixas no apoio peemedebista ao projeto.

Temer foi acionado pela própria presidente Dilma Rousseff para ajudar a manter o PMDB alinhado com a proposta. Hoje, ele aproveitou a realização do debate sobre reforma política, promovido pelo partido na Câmara, e apelou aos deputados para que se mantivessem fiéis ao projeto.

“Queria aproveitar para pedir unidade na votação de hoje. Claro que não quero influenciar ninguém, mas, se for possível, vamos atender o pedido do líder (do PMDB) Henrique Eduardo Alves para darmos uma demonstração de que esta é uma bancada unitária”, disse.

Ao mesmo tempo, Temer lembrou que esse comportamento de unidade poderia representar o fortalecimento do partido. Até mesmo em circunstâncias em que o PMDB, eventualmente, decidisse ficar contra o governo federal.

“Nós temos uma posição agora unitária a favor (do governo), podemos ter lá na frente uma posição unitária contra. Mas temos que ter sempre unidade absoluta. Isso dá poder e força política ao partido e à bancada”, afirmou Temer.

Não foi apenas o vice-presidente que foi acionado dentro do PMDB para ajudar no convencimento da bancada. Ministros do partido foram escalados para pedirem votos aos deputados e governadores e prefeitos também receberam o pedido para dispensarem temporariamente deputados federais que estivessem licenciados ocupando secretarias para que reforçassem o quórum a favor do mínimo de R$ 545.

No Rio, o governador Sérgio Cabral liberou seu secretário de Habitação, Leonardo Picciani, para reassumir a vaga de deputado. Ex-presidente da Comissão de Constituição e Justiça, o deputado não só apoiou a proposta do governo como ainda rebateu em plenário às críticas que os manifestantes das centrais sindicais faziam contra os parlamentares governistas.

Outro liberado foi o secretário municipal da Casa Civil do Rio de Janeiro, deputado Pedro Paulo Carvalho, cedido pelo prefeito Eduardo Paes para também garantir mais um voto para o governo federal.

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