A presidente da República, Dilma Rousseff, afirmou nesta segunda-feira, durante entrevista a rádios de Minas Gerais que o governo federal já doou 18 mil máquinas agrícolas para municípios de até 50 mil habitantes e do semiárido. “São principalmente retroescavadeiras, motoniveladoras e caminhões-caçamba”, disse. “O balanço dos recebimentos é muito positivo. Só para Minas Gerais demos 1.300 equipamentos”, contabilizou.
Segundo Dilma, a entrega de algumas máquinas atrasou porque o governo federal optou por comprá-las de produtores nacionais, para incentivar a geração de emprego no País. “Foi muita pressão para que aprontassem tudo, por isso, o atraso”
A presidente também disse que o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) ofereceu R$ 18 bilhões em crédito emergencial com juro baixo para fortalecer o pequeno produtor rural brasileiro, sobretudo aquele que enfrenta períodos prolongados de seca.
Ainda de acordo com Dilma, em seu primeiro ano de funcionamento a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) ajudará um milhão de agricultores familiares, disponibilizando assistência técnica e colocando-os em contato com pesquisa e tecnologia. “Será uma revolução nas condições de trabalho do pequeno agricultor, vai aumentar a produtividade”, disse.
Robustez fiscal
A presidente Dilma Rousseff aproveitou a entrevista também para pressionar os governos estaduais e municipais e aderirem à agenda de austeridade fiscal da administração federal. Ela confirmou um superávit primário do governo central de R$ 75 bilhões em 2013, que havia sido adiantado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e ainda não foi divulgado oficialmente pelo Tesouro Nacional.
“Não é só a União que é responsável. Eu também queria alertar para o fato de que fazer esforço fiscal tem de fazer parte da agenda de Estados e municípios”, afirmou Dilma, acrescentando desejar que os governos estaduais e municipais participem “desse esforço de robustez fiscal”.
A presidente também comentou que o País continua “com situação confortável na área das reservas (internacionais)” e avaliou que a redução dos estímulos nos Estados Unidos será “muito menos dramática do que se pensou no início”. Segundo a presidente, quando os EUA sinalizaram o início da redução nas compras mensais de bônus, “houve uma flutuação para todo o mundo, mas isso está se estabilizando”.