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Dia D: Cida precisa decidir se reajusta ou não salário dos servidores

Deputado Estadual Ademar Traiano e Cida Borguetti, que assume o cargo de governadora do Paraná. Foto: Daniel Caron.
Deputado Estadual Ademar Traiano e Cida Borguetti, governadora do Paraná. Foto: Daniel Caron.

Esta segunda-feira (25) é o dia D para que a governadora Cida Borghetti (PP) decida se dará ou não reajuste salarial aos servidores estaduais. O funcionalismo pede a reposição da inflação dos últimos 12 meses, de 2,76%, mesmo índice que será pago aos trabalhadores dos demais órgãos e poderes do estado. Todos os sinais, porém, indicam que ela deve propor um percentual menor que esse para o Executivo.

Há duas semanas, servidores estão acampados em frente ao Palácio Iguaçu, sede do governo, e garantem que só sairão de lá após o reajuste salarial ser aprovado pela Assembleia Legislativa. Outra pressão sobre Cida é a decisão do presidente da Casa, Ademar Traiano (PSDB), de colocar em votação nesta terça-feira (26), “em qualquer circunstância”, o reajuste aos outros órgãos e poderes. Por duas vezes, os projetos foram retirados da pauta à espera de que a governadora também envie ao Legislativo uma proposta de reposição salarial.

Governo estuda como reajustar o salário dos servidores públicos

Na semana passada, a própria Cida recebeu representantes do Fórum das Entidades Sindicais (FES) para tratar do tema. Os servidores ainda se reuniram com técnicos da Secretaria da Fazenda na tentativa de convencer o governo de que há recursos suficientes para pagar os 2,76% ao funcionalismo.

Aliados do Executivo, no entanto, afirmam que dificilmente toda a inflação do período maio de 2017 a abril de 2018 será reposta. A tendência é que a governadora – para não desagradar milhares de servidores/eleitores – proponha o reajuste “possível, mas não o ideal”.

A justificativa é que não há dinheiro em caixa para quitar promoções e progressões de direito dos servidores (aproximadamente R$ 250 milhões) e, ao mesmo tempo, pagar a reposição integral da inflação (cerca de R$ 530 milhões ao ano). Os recursos disponíveis no orçamento para serem gastos livremente – sem destinação carimbada – em 2018 giram em torno de R$ 500 milhões.

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