O medo de confrontos esvaziou o desfile de 7 de Setembro, em Campinas, interior de São Paulo, neste sábado, onde também houve protesto do Grito dos Excluídos. Cerca de 250 pessoas participaram da manifestação organizada pelas pastorais da Arquidiocese de Campinas, segundo a Polícia Militar. Não houve registro de ocorrências durante o ato.

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O desfile de 7 de Setembro começou por volta das 8 horas e este ano não contou com a Polícia Militar, que retirou seus homens do ato para reforçar a segurança nas ruas do centro da cidade. Cerca de 800 policiais ocuparam as vias centrais para evitar confusões durante o desfile.

Sem a presença da maioria das escolas e também dos escoteiros, o desfile terminou por volta das 9 horas, quando os manifestantes já se concentravam no Largo do Pará. “A prefeitura criou um clima de terror, em relação a atos de protesto, e esvaziou o desfile. O número de pessoas que reunimos no Grito também sofreu o efeito”, conta o padre Benedito Ferraro, da Pastoral Operária de Campinas.

Com a participação de membros da igreja, de partidos, como PT, PSOL e PSTU, movimentos sociais, sindicatos e estudantes de movimentos como o Domínio Público, a manifestação do 18º Grito dos Excluídos, em Campinas, começou assim que terminou o desfile de 7 de Setembro.

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Segundo os organizadores, mais de 800 pessoas participaram do ato.

Foram feitos pedidos como mais recursos para a educação e saúde, atenção às minorias, fim da corrupção, entre outros. “Defendemos que o povo não pode ter medo. O medo é inimigo da democracia, as pessoas têm que sair às ruas”, defendeu o padre.

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O major Alexandre de Carvalho, que comandou a operação da PM, avaliou que o ato foi pacífico. Não houve presença de mascarados. “Esperamos que à tarde também seja uma ato sem ocorrências.” Às 15h está marcada uma nova manifestação no centro da cidade, organizada pelo Movimento Passe Livre e estudantes.