Desenvolvimento desafia os candidatos ao governo

Um dos grandes desafios para o próximo governador do Paraná é equilibrar o desenvolvimento econômico do estado, com o objetivo de reduzir os contrastes entre as regiões pobres e ricas, evitando o êxodo das primeiras para as segundas. As propostas dos principais candidatos ao governo sobre este tema começam a tomar forma e serem divulgadas.

O candidato ao governo, senador Flávio Arns (PT), por exemplo, lembra que o Paraná tem o quinto maior PIB dos estados brasileiros, mas vive uma contradição, com um terço da população vivendo em municípios com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) inferior à média brasileira. Para combater o problema, o senador propõe estimular e organizar novos Arranjos Produtivos Locais (APLs) – aglomerados de empresas com a mesma especialização produtiva que cooperam entre si, gerando emprego e renda nas regiões envolvidas. Arns pretende articular junto a empresas, prefeituras, Sebrae e outras instituições para efetivar novos APLs em regiões com esse potencial de criação.

O candidato aponta também que o aprimoramento da agroindústria nas regiões carentes é outra alternativa para o desenvolvimento. Ele propõe programas de agregação de valor na produção dos pequenos agricultores, através da criação de microindústrias caseiras.

Intensificação

O presidente do Ipardes e coordenador do plano de governo do PMDB, José Moraes Neto, afirmou que num segundo mandato o governador Roberto Requião deve intensificar os programas de desenvolvimento econômico, priorizando a desconcentração do desenvolvimento, de modo que seja reduzido o desequilíbrio regional. Outra proposta é a diversificação da agricultura, com ênfase principalmente nos projetos de agricultura familiar. ?Temos também uma estratégia de intensificação das políticas fiscais e tributárias que já estão sendo adotadas, além de iniciativas de suporte tecnológico, apoiando fundamentalmente as pequenas e médias empresas?, disse. Segundo Moraes, devem ser intensificadas políticas para APLs, buscando políticas específicas para cada arranjo. ?O objetivo da nossa política de desenvolvimento é gerar emprego, principalmente em cidades de pequeno e médio porte?, explicou.

Novo projeto

Já o senador Osmar Dias, candidato à sucessão estadual, defendeu ontem a criação de um novo projeto de desenvolvimento econômico no Estado como principal meio de geração de empregos no Paraná. Durante um encontro com sindicalistas de Londrina e região, realizado na sede da Força Sindical, Osmar afirmou que uma política de desenvolvimento econômico para o Paraná passa, entre outros pontos, por um maior incentivo para investimentos, de modo que não atinjam somente grandes empresas que se instalem em municípios paranaenses, mas também para micros e pequenos empresários.

 ?Temos que capacitar pequenos empresários e seus trabalhadores, fazer com que eles descubram a vocação de cada região. Uma maneira de se fazer isso é usar a TV Educativa para promover telecursos regionalizados?, declarou o senador. Segundo Osmar, essa política não seria responsável apenas pela criação de novos empregos, mas também deveria manter os já existentes. O senador acredita que outra ação de desenvolvimento importante é promover integração entre campo e cidade, o que passaria pelo incremento da produção agrícola, a partir de projetos como a Fábrica do Agricultor, que pretende dar incentivos à criação de agroindústrias de pequeno, médio e grande porte. ?Isso não é importante apenas para o campo, mas também para as cidades, que vão ter crescimento no comércio e na prestação de serviços?, declarou.

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