Desembargadores negam favores a Arruda

Dois dos três desembargadores do Tribunal de Justiça (TJ) do Distrito Federal citados em gravações da operação Caixa de Pandora garantiram hoje que não prestaram favores ao governador José Roberto Arruda (DEM).

Em entrevista concedida nesta manhã, eles disseram que votaram a favor da abertura de processos contra o ex-secretário Durval Barbosa, autor de gravações incluídas no inquéritos nas quais é revelada a distribuição de grandes quantias de dinheiro. O corregedor Getúlio Pinheiro e o desembargador Romeu Gonzaga Neiva negaram que houvesse tráfico de influências, apesar de terem sido citados nas gravações.

Pinheiro e Neiva encaminharam as informações à Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão que exerce o controle externo do Judiciário. No início da semana, a corregedoria abriu um procedimento para investigar se os dois e o desembargador José Cruz Macedo tiveram envolvimento com o esquema que ficou conhecido como mensalão no governo de José Roberto Arruda.

Cruz Macedo não participou da entrevista. De acordo com a assessoria de imprensa do TJ, ele ainda preparava as informações que serão encaminhadas ao CNJ.

Numa das conversas gravadas, um dos principais auxiliares de Arruda conta de Cruz Macedo teria pedido para que um sobrinho, que é médico, fosse transferido de um hospital da periferia para um central, de grande porte.

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