Além do desempenho pífio nas urnas, parlamentares que concorreram a prefeito
em outubro acumularam R$ 2,2 milhões em dívidas ao longo da campanha. Dos 83 deputados e senadores que concorreram ao cargo nas últimas eleições, 13
declararam ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter gastado mais do que arrecadaram.
Do grupo que terminou a disputa com débitos, apenas a deputada Maria do Carmo (PT-MG) conseguiu se eleger, em Betim (MG). Os demais 12 deputados
fracassaram nas urnas. Os treze têm até o próximo dia 31 para regularizar sua situação na Justiça Eleitoral, pagar as dívidas ou contestar os dados do tribunal, provando que não existem pendências financeiras. Caso contrário, serão alvo de processo que pode resultar até na suspensão de recursos do fundo partidário à legenda pela qual se candidataram.
Juntos, os congressistas que encabeçaram as chapas para comandar as prefeituras gastaram R$ 81.026.591,65 e arrecadaram R$ 78.819.254,78, saldo
negativo de R$ 2.207.336,87. Nem todos saíram no prejuízo: 32 arrecadaram
mais do que gastaram e outros 38 equilibraram receitas e despesas.
Outros sete deputados não tinham informações sobre suas despesas e receitas
na página do TSE. Na conta final das eleições, dos 70 parlamentares candidatos, apenas dez foram eleitos prefeitos e outros três conseguiram a vaga de vice-prefeito, cargo para qual não há arrecadação e posterior prestação de contas.
O Congresso em Foco fez o levantamento com base nos números divulgados pelo
TSE. Todos os candidatos a vereador e a prefeito no país tiveram que declarar suas contas até o fim do mês passado ao juiz eleitoral da sua cidade. Depois de conferidas todas as notas fiscais apresentadas, os dados foram enviados ao tribunal.
