Engenheiros do DER (Departamento de Estradas de Rodagem) e auditores credenciados iniciaram ontem os trabalhos de auditoria nas concessionárias que cobram pedágio pela administração de rodovias no Paraná. Das seis empresas de pedágio, em duas delas – Rodonorte e Viapar – o serviço já vinha sendo realizado. Nas outras quatro, a inspeção só começou agora atendendo solicitação das empresas, que pediram cinco dias para o início dos trabalhos.
“Nós resolvemos conceder esse tempo para que, depois, as concessionárias venham alegar que houve cerceamento de defesa”, afirma o diretor do DER, Rogério Tizzot, que calcula que os resultados serão conhecidos até o final de setembro.
Tizzot explica ainda que, ao contrário do que afirmam algumas concessionárias, o governo federal está acompanhando todo o processo, inclusive com o auxílio de um assessor do ministro dos Transportes, Anderson Adauto. “Os auditores estão verificando todos os documentos, principalmente notas sobre investimentos e arrecadação, cujos dados servirão de base para estabelecer os custos para indenização, que serão incluídos em orçamento do Estado”.
Justiça
Ainda segundo o diretor do DER, as atitudes que as concessionárias vêm tomando através da Justiça no sentido de adiar o início da auditoria nada mais são do que interesses em atrasar o processo e criar obstáculos para impedir a auditagem.
“Essa postura é uma demonstração de que alguma coisa está errada”, afirma, acrescentando que não há nenhuma restrição quanto às ações do governo do Paraná. “Temos inclusive todo apoio do ministro Anderson Adauto”.
As rodovias federais -destaca ainda o diretor do DER -foram delegadas ao governo do Paraná. “Daí, termos prerrogativas contratuais para executarmos esse trabalho, inclusive com a parceria do governo federal.” Tizzot lembra, no entanto, que todo esse trabalho iniciado agora já poderia ter sido feito pela CPI do Pedágio, na Assembléia Legislativa. “Os deputados poderiam ter feito uma investigação mais profunda, mas como não a fizeram, vamos realizar o trabalho.”
