Crise na Câmara

Derosso contesta as denúncias e diz que não houve irregularidades

Após denúncias de que haveria irregularidades na contratação de agências de publicidade para executar serviços para a Câmara Municipal de Curitiba em 2006, o presidente João Claudio Derosso (PSDB) contesta as informações. Relatórios do Tribunal de Contas do Estado (TCE) apontam que somente duas empresas participaram do processo de licitação, sendo uma delas de propriedade da esposa de Derosso, Claudia Queiroz Guedes, em sociedade com o pai, Nelson Gonçalves dos Santos, sogro dele.

Apesar disso, o vereador afirma em documento apresentado por sua assessoria de imprensa que todos os procedimentos do processo licitatório foram respeitados.  

No entanto, o próprio documento aponta que o jornal escolhido para a publicação do edital, o Diário Popular, não seria um veículo de grande circulação. Em contrapartida, no texto, Derosso defende a utilização do mesmo na divulgação das informações sobre o processo licitatório, alegando que o argumento “não nos parece procedente, considerando que inúmeros avisos foram publicados pelo Governo do Estado do Paraná no referido jornal, o que pode ser constatado inclusive na edição da mesma data em que foi veiculado o aviso de licitação da Câmara”. A data de veiculação do edital seria 23 de fevereiro de 2006.

No mesmo documento, o vereador ainda afirma que “a Câmara, como esclarecido anteriormente, procurou cumprir com todos os princípios balizadores das licitações públicas, principalmente, o relacionado à publicidade”. De acordo com ele, exatamente por isso não haveria irregularidades na contratação das agências.

“Assim, o fato de ter comparecido apenas duas empresas não pode ser considerado como irregularidade, pois se não acudiram ao certame outras empresas pode ter sido por mero desinteresse em contratar com a Câmara”, encerra Derosso o pronunciamento a respeito do processo licitatório.

Sobre a informação de que o vereador teria assinado em 2008 e 2009 aditivos contratuais com a empresa de sua esposa, elevando os valores originais previstos para a realização dos serviços de publicidade da Câmara, Derosso ainda alega que “os primeiros adiantamentos firmados em 05.05.2008 foram formalizados objetivando exclusivamente a prorrogação do prazo contratual por mais 12 (doze) meses, sem que tenha havido qualquer alteração de preços”.

Mesmo com as explicações do vereador, as possíveis irregularidades na contratação de agências de publicidade pela Câmara em 2006 devem ser investigadas caso o Ministério Público do Paraná (MP-PR) acate o pedido do deputado federal Dr. Rosinha (PT), que entrou com uma representação no órgão nesta segunda-feira (18) a respeito desse assunto.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna