O vereador João Claudio Derosso (PSDB) está articulando sua sétima eleição à presidência da Câmara Municipal de Curitiba. Há doze anos no comando do legislativo municipal, o tucano está montando uma nova chapa para conquistar mais dois anos de mandato, na eleição que será realizada no próximo dia 2, sexta-feira.
Derosso está negociando com as bancadas dos treze partidos com assento na Câmara uma composição em chapa única. Entretanto, o vereador professor Galdino (PV) está buscando aliados para promover um bate-chapa.
Galdino, que toma posse amanhã, 1.º, para exercer seu primeiro mandato político, disse que é contra a reeleição e está disposto a desafiar o cacife político de Derosso.
“Estamos precisando de oxigenação na Câmara Municipal. E não é porque eu sou um novato que não posso concorrer. Afinal, ninguém nasceu sabendo”, disse o vereador do PV. Ele ainda não conseguiu fechar a chapa, que tem oito integrantes. Nem mesmo os vereadores do PV, Roberto Accioly e Aladim Luciano, formalizaram apoio.
Aladim é citado como integrante da chapa de Derosso, ocupando a 3.ª secretaria. “Eu já conversei com eles, que disseram que me apóiam. Mas sabe como é política no Brasil… Se o presidente oferecer alguma coisa na chapa, eles podem balançar”, afirmou o pré-candidato a presidente, que disse estar conversando com vereadores de vários partidos, incluindo o PSDB, mas que não cita nomes por não confiar na disposição dos colegas. “Pode ser que eles estejam conversando comigo só para barganhar com o Derosso, dar um susto nele e valorizar o voto”, provocou.
Espaço
A bancada do PT foi um dos partidos procurados por Galdino. O líder da bancada, vereador Pedro Paulo, disse que a conversa não evoluiu com o vereador do PV e fechou apoio a Derosso. Apesar do PT ser da bancada de oposição aos tucanos, Pedro Paulo deverá ocupar a 4.ª secretaria na chapa de Derosso.
“São situações diferentes. A participação na chapa não altera a nossa postura e nem nossas bandeiras em defesa da transparência da Câmara. Na Assembléia Legislativa, nós éramos oposição ao governo Lerner e também participamos da mesa que teve o apoio dele”, afirmou.
O líder da bancada disse que o partido terá uma posição única, mas entre os três vereadores, a professora Josete poderá representar uma dissidência. O grupo político a que Josete pertence no PT já manifestou contrariedade com as sucessivas reeleições do vereador tucano.
“A Câmara de Curitiba já tem o seu Aníbal Curi. É um absurdo um vereador permanecer mais de uma década presidindo a Câmara”, disse o deputado federal Dr. Rosinha, um dos líderes da corrente de Josete. Rosinha se referiu ao ex-deputado Aníbal Curi, que comandou por vários anos a mesa executiva da Assembléia Legislativa.
