O diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER), Rogério Tizzot, anunciou ontem que a meta de reverter o processo de destruição e deterioração das estradas paranaenses foi alcançada em 2003. Os estudos do DER apontam que as rodovias paranaenses vinham, ao longo dos últimos 5 anos, sofrendo um processo gradativo anual de destruição. Durante o período de 98 até 2002, 706 quilômetros por ano se deterioraram.
Os levantamentos mostram que em 1999 existiam 10% de estradas precárias. Em 2001, o número passou para 23% de rodovias em estado ruim ou péssimo. Em 2002 a piora teria sido maior – o índice passou para 39% de vias deterioradas. Se a tendência se mantivesse, a malha rodoviária estaria, ao final de 2003, com mais de 48% de estradas em mau estado.
Somente em 2003, no governo Roberto Requião, foram realizadas intervenções em 7.500 quilômetros com serviços de manutenção corretiva, preventiva e periódica, e mais 300 quilômetros de obras de restauração e manutenção de porte. No ano de 2004, o DER vai atuar em obras de restauração em 1.635 quilômetros. Esses serviços estão divididos em três programas, Paraná 12 Meses, Boa Estrada e o Programa de Conservação e Manutenção. As restaurações estão divididas em restaurações com intervenções mais pesadas e em reabilitações com a utilização da lama asfáltica, técnica que, além de possuir um custo muito baixo, já se mostrou muito eficaz.
Pelo Paraná 12 Meses, com aporte de recursos de financiamentos do Bird (Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento) , o DER vai licitar a realização de serviços de restauração e reabilitação em 641 quilômetros de estradas. Com o programa Boa Estrada, serão restaurados 294 quilômetros de rodovias, sendo que 249 através de convênios com o Dnit e mais 50 quilômetros licitados pelo Estado.
E, por meio do Programa de Conservação e Manutenção o DER vai atuar com serviços de reabilitação (lama asfáltica) por administração direta, utilizando a capacidade operacional das superintendências regionais, em 700 quilômetros.
Segundo Tizzot essas intervenções devem diminuir ainda mais o percentual de estradas estaduais destruídas.
Herança
Tizzot afirmou que o processo de deterioração e destruição contínua da malha estadual foi resultado do descaso e do mau direcionamento de recursos na gestão anterior. Ele afirmou que na primeira administração Requião (91-94), 33% de estradas em estado precário foram entregues pelo governo Álvaro Dias, e após um amplo programa de recuperação e conservação o DER entregou, em 1994, apenas 6% da malha em estado ruim ou péssimo.