O presidente da CPI da Corrupção no Distrito Federal, Alírio Neto (PPS), informou hoje que uma comissão de deputados consultará o Ministério Público antes de remarcar o depoimento do ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa. Faltando poucas horas para o depoimento, inicialmente marcado para amanhã, Durval Barbosa encaminhou dois ofícios à Câmara pedindo o adiamento da oitiva.
“Amanhã com certeza não tem depoimento. Vamos enviar uma comissão para falar com os promotores e decidir o que fazer”, disse Alírio.
Em um dos ofícios encaminhados à CPI, Durval alega precisar de “mais tempo para juntar mais subsídios com vista à elucidação dos fatos”. No outro, sua defesa afirma que a “diversidade e tendências políticas dos inquisidores” poderia fazer com que depoente “ofertasse respostas prejudiciais ao exercício da ampla defesa”.
O pedido de Durval Barbosa agrada governistas que, desde o início, estavam reticentes quanto ao depoimento do ex-secretário que confidenciou a advogados que não usará o direito de ficar calado, e deve trazer fatos novos que comprometeriam ainda mais o governador José Roberto Arruda.
Nova eleição
A escolha do novo presidente da Câmara Legislativa deve ocorrer em sete dias, contados a partir de hoje. A base aliada a Arruda, maioria entre os 24 deputados distritais, deve retornar ao comando da Casa. Estão na corrida os ex-secretários de Arruda, Eliana Pedrosa (DEM) e Raimundo Ribeiro (PSDB), além do deputado Wilson Lima (PR).
Lima dá o tom de como deve ser a atuação de um governista, se eleito presidente. Questionado se agirá com isenção ou se atuará como tropa de choque, ele responde: “Muito mais isento. Mas sou da base, e sempre tentamos dar sustentação ao governador. Voltarei a falar sobre isso depois de eleito”.
Chico Leite (PT) ou Cabo Patrício, presidente interino da Câmara, deve ser o representante da oposição na corrida. Os oposicionistas, porém, donos de apenas cinco cadeiras, não devem ter votos suficientes para eleger um representante.