Fiquem de olho, moçada!

Deputados querem acompanhar negociação de Beto com o pedágio

O deputado Elton Welter (PT) defendeu na sessão desta terça-feira a criação de uma comissão do Legislativo para acompanhar as negociações entre o governo do estado e as concessionárias  sobre a redução das tarifas do pedágio nas rodovias do estado. Além de Welter, outros deputados se manifestaram pedindo que o governo torne públicos os termos que estão sendo discutidos para uma possível repactuação dos contratos.

Se uma das condições para baixar o valor das tarifas for a prorrogação dos contratos, que vencem em 2022, além da União, o poder concedente das rodovias federais, o governo do estado também terá que ter o aval da Assembleia Legislativa, lembraram os deputados.

“Essa questão da prorrogação dos contratos é muito complexa e a sociedade civil tem que participar desta discussão também, assim como o parlamento. Uma comissão composta por todas as forças políticas poderia contribuir neste debate”, afirmou Welter.

Os deputados do PMDB, que passaram oito anos ouvindo o ex-governador e atual senador Roberto Requião prometer que iria baixar as tarifas, observaram que se a moeda de troca fosse a prorrogação, o governo anterior teria sido bem sucedido.

“Existe uma unanimidade de opiniões sobre o preço abusivo do pedágio no Paraná. Este é um débito do governo Requião. Será uma conquista extraordinária se o Beto conseguir reduzir estas tarifas”, afirmou Nereu Moura. Ele cobrou do governo federal a responsabilidade de atuar na negociação.

Ex-chefe da Casa Civil no governo Requião, o atual líder da bancada do PMDB, Caito Quintana, relatou que iniciou várias negociações com as empresas do pedágio. Mas que nenhuma avançou diante da resistência das empresas em abrir mão de algum benefício do contrato firmado pelo ex-governador Jaime Lerner, em 1998. “Nunca avançamos um milímetro porque eles nunca cederam um milímetro. Agora, fazer acordo prorrogando contratos, qualquer um faria”, disse Quintana.

O deputado Péricles Mello (PT) defendeu a instalação da CPI do Pedágio, proposta por Cleiton Quielse (PMDB), mas rejeitada pela Mesa Executiva. “Temos agora fatos novos que justificam uma investigação. Principalmente se estiverem pensando em renegociar contratos sem mexer na essência do problema que é a taxa de retorno das empresas”, afirmou. 

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