Por motivo de segurança, quatro deputados estaduais que estavam no Palácio Tiradentes no momento de sua invasão pelos manifestantes se refugiaram na sala do Departamento Médico da Assembleia Legislativa. Ali esperaram por cerca de meia hora, enquanto os servidores tomavam plenário e corredores da Casa. Depois, quando os ânimos pareceram mais calmos, foram, com a ajuda de seguranças, levados até uma porta lateral do prédio, por onde saíram, ainda em meio a funcionários exaltados. Não foram importunados, segundo um dos parlamentares, o líder do PSDB, Luiz Paulo Corrêa da Rocha.
“Eles (os manifestantes) forçavam o portão da frente”, relatou o tucano à reportagem. “Estávamos na sala do Colégio de Líderes eu e os deputados Wanderson (Nogueira, PSOL), (Geraldo) Pudim (PMDB) e Zaqueu (Teixeira, PDT). Em outro andar, estava o deputado Wagner Montes (PRB). Os outros deputados tentavam entrar, mas não conseguiram.”
Da sala do Colégio de Líderes, os quatro deputados acompanharam o desenrolar da manifestação e saíram quando a invasão era iminente. Usaram uma passagem que estava oculta por tapumes de obra, o que facilitou a saída discreta.
Um dos deputados que estavam do lado de fora do Palácio Tiradentes, Paulo Melo (PMDB), contou que tentou entrar, mas foi impedido. Quanto voltava para seu gabinete, no Anexo, que fica atrás do prédio principal, os manifestantes conseguiram entrar.
