Deputados mostram alívio após liberação de emendas

Os parlamentares não esconderam seu alívio pela promessa do governo em liberar o pagamento de parte das emendas individuais apresentadas por deputados e senadores junto ao Orçamento da União. Boa parte deles já vinha sendo cobrada em suas bases pela não-liberação dos recursos provenientes dessas emendas, aprovadas no Congresso ainda no ano passado. “Realmente, tinha prefeito cobrando a gente por essas liberações”, conta o deputado Maurício Rands (PT-PE), que apresentou emenda de R$ 600 mil para o hospital de Coqueiro, em Surubim (PE). “Essas emendas não são ilegítimas e contemplam o trabalho que fazemos junto às bases.”

Na prática, o atendimento dessas emendas representa oxigênio político para os parlamentares e apoio nas cidades onde mantêm suas principais bases eleitorais. Normalmente, são recursos para hospitais, praças, ambulâncias, pontes, esgotos, entre outros.

Como o governo demorou para fazer os pagamentos, sua própria base parlamentar, liderada pelo PMDB, passou a obstruir a pauta de votações, forçando o pagamento das emendas. Recebeu apoio informal de outros partidos da base governista, como PR, PP e PTB. A estratégia deu certo. “O governo não estava pagando nada. Isso cria uma expectativa na cidade que seria beneficiada”, diz o deputado Beto Mansur (PP-SP), que apresentou emendas na área da saúde.

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