Deputados estão nas mãos do Supremo

Às vésperas do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), que vai decidir amanhã, (3) se os mandatos políticos pertencem ao parlamentar ou ao partido, alguns deputados paranaenses estão atentos à decisão.  

Caso o STF conclua que o mandato é do partido e a decisão for retroativa às eleições do ano passado, seis deputados paranaenses (quatro estaduais e dois federais) perdem o mandato e outros terão que suspender suas negociações para mudar de sigla. O calendário eleitoral estabelece, também, o próximo dia 5 para que os candidatos já estejam registrados no domicílio eleitoral e no partido pelos quais pretendem disputar as eleições.

Na Assembléia Legislativa, Geraldo Cartário, Fábio Camargo e Carlos Simões são os mais preocupados. Cartário deixou o PMDB logo depois da eleição. Ficou vários meses sem partido, após ensaiar uma filiação ao PSDB, e agora está pronto para ingressar no PDT. Camargo transferiu-se do DEM (ex-PFL) para o PTB e Carlos Simões deixou o PTB e entrou no PR.

Na Câmara dos Deputados, três dependem da decisão do STF para manter suas cadeiras: Ratinho Júnior, Hidekazu Takayama e Airton Roveda. Na eleição do ano passado, Ratinho concorreu pelo PPS, assim como Roveda. Este ano, Ratinho ingressou no PSC e Roveda foi para o PR. Já Takayama elegeu-se pelo PMDB, mudou para o PAM e agora está no PSC.

Já outros dois deputados estaduais estão à espera da decisão do STF para definir seu futuro partidário. Um deles é o Dr. Batista, que foi eleito pelo PMN e negocia seu ingresso no PT. O outro é Felipe Lucas, que se elegeu pelo PPS e agora está conversando com o PSC. O deputado Mauro Moraes também já pensou em trocar o PMDB pelo PR, mas foi surpreendido pela decisão do TSE em março e suspendeu as negociações, que poderão ser retomadas, dependendo do desfecho do julgamento do TSE.

Decisões

O STF vai julgar os pedidos do PPS, PSDB e DEM para que os deputados que mudaram de sigla percam seus mandatos e sejam substituídos pelos suplentes no partido de origem. Em março, o Tribunal Superior Eleitoral introduziu a discussão no cenário político nacional ao decidir que os mandatos pertencem aos partidos. O TSE respondeu a uma consulta feito pelo DEM que queria saber se poderia reaver os mandatos de deputados estaduais, federais e vereadores que deixaram a sigla após as eleições.

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