A possível queda de Dilma monopoliza debate político no Congresso Nacional. Nos bastidores, conversa é mais sobre o futuro governo do que sobre motivos para cassar a presidente. Seja nas trocas de mensagens em grupos do WhattsApp ou nos tradicionais jantares promovidos pelos deputados e senadores só falam em uma coisa: a possível queda de Dilma Rousseff.

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Se no plenário a discussão é quase sempre sobre motivos que levariam a um processo de impeachment, nas conversas reservadas o jogo avança várias casas. Fala-se em quem assumirá o Planalto e quando isso acontecerá muito mais do que no porquê de uma substituição do comando do país.

E quem comanda a rádio-corredor é a bancada do PMDB na Câmara. Antes vistos como um grupo disforme, os peemedebistas viraram moda. Uma reviravolta puxada pela ascensão do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Quem assume?

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Michel Temer (PMDB): O vice-presidente assumiria em definitivo se Dilma sofrer impeachment ou renunciar. Na Câmara dos Deputados, o início do processo pode acontecer se o Tribunal de Contas da União rejeitar as contas da presidente do ano passado. O julgamento deve ocorrer entre agosto e setembro, mas depois dependerá de aprovação do Congresso Nacional.

Eduardo Cunha (PMDB): Terceiro na linha sucessória, o presidente da Câmara assumiria temporariamente no caso de queda de Dilma e Temer. A hipótese se encaixa caso o Tribunal Superior Eleitoral condene a chapa Dilma-Temer em processo que apura uso de recursos desviados da Petrobras na campanha de 2014.

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Nova eleição: Há duas hipóteses para novas eleições e ambas para o caso de Dilma e Temer serem afastados. Se a queda da dupla ocorresse na primeira metade do atual mandato, haveria nova eleição com voto direto da população. Se acontecesse na segunda metade (a partir de janeiro de 2017), haveria eleição indireta, com votos dos 594 deputados e senadores.