Para garantir uma das oito vagas a que têm direito na comissão especial que decidirá pela abertura ou não do impeachment da presidente Dilma Rousseff, deputados do PMDB têm evitado se posicionar sobre o apoio ou não ao impedimento da petista. A intenção é transmitir uma imagem de neutralidade e evitar qualquer tipo de censura ou resistência das alas divergentes do partido.

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Diante da pressão de parlamentares contra e a favor da continuidade do mandato de Dilma, o líder da legenda, Leonardo Picciani (RJ), só fechará a lista de indicados no limite para protocolar os nomes, às 14 horas da segunda-feira, 7.

O PMDB e o PT têm o maior número de vagas, oito cada. Uma das vagas peemedebistas ficará com o próprio Picciani, que, assim como outros líderes, tem se autoindicado para integrar a comissão. Como o deputado se aproximou do governo a ponto de poder indicar dois ministros na reforma ministerial de outubro, peemedebistas temem que ele faça uma lista de indicações estritamente governista.

“Ainda não fechei os nomes. Quero fazer uma escolha equilibrada e acertada. Não decidirei sob pressão”, disse Picciani, confirmando que tem sido abordado por correligionários dos dois lados.

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Divisão. O partido tem 65 deputados, além do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ).

Dos 27 deputados do PMDB com os quais o Estadão conseguiu contato na sexta-feira, 11 se disseram indecisos ou deliberadamente se recusaram a declarar voto para não reduzir as chances de ocupar uma das vagas remanescentes. Os outros 16 dividem-se igualmente entre contra e a favor do impeachment da presidente da República. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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