A discussão das alianças para a sucessão estadual de 2010 no PMDB não se orienta apenas pela definição das candidaturas ao governo e Senado. A perspectiva da eleição para a Assembleia Legislativa também tem ditado as preferências dos deputados estaduais.

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São dezoito e, a menos que algum mude de ideia, todos são candidatos à reeleição. E todos tentam vislumbrar em que palanque esse projeto seria mais fácil, principalmente porque existem outros candidatos sem mandato e que também estão no páreo para uma vaga na Assembleia Legislativa.

O vice-presidente estadual do partido, deputado Luiz Claudio Romanelli, acredita que a fórmula mais eficaz para manter o tamanho da bancada na próxima eleição é a candidatura própria ao governo. Esta seria a primeira opção. “Uma chapa puro sangue com a candidatura do Pessuti ao governo poderia nos dar uma bancada de quinze a dezesseis deputados, em média”, disse.

Daniel Caron
Stephanes: ponta do lápis.

As contas estão feitas. Para garantir dezoito cadeiras na próxima legislatura, o PMDB teria que alcançar 1,6 milhão de votos, estimam os deputados. “É possível fazermos isso com a candidatura do Pessuti”, aposta o vice-presidente do partido. Por este cálculo, o mínimo de votos necessários para se eleger no PMDB seria quarenta mil votos.

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Plano B

Outra vertente do PMDB vê numa aliança com o PSDB o caminho mais seguro para garantir uma bancada estadual numerosa. A avaliação é que o PSDB tem uma chapa de candidatos com alto potencial eleitoral e que, mesclado ao PMDB, poderia repetir o feito já verificado em outras eleições, em que uma mesma coligação chegou a fazer quase a metade das 54 vagas de deputado estadual. “Elegeríamos os nossos e os deles”, analisou o deputado Reinhold Stephanes Junior. E emendou: “Mas hoje o nosso pré-candidato é o Pessuti”.

Arquivo
Dobrandino: plano B.
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No PMDB, há duas classes de candidatos. Aqueles que se elegeram com mais de 50 mil votos e os que chegaram à Assembleia com votações mais modestas. Para os menos votados, uma coligação com os tucanos é vista como a tábua de salvação. A análise é que os do segundo grupo teriam muito mais dificuldades de se eleger se o PMDB sair de “chapa pura”.

Para esta ala, a vantagem para os tucanos é que o candidato do PSDB ao governo “ganharia” um afinado time de cabos eleitorais que trabalhariam com afinco na atração dos votos para os candidatos majoritários.

Mas como, neste momento, as relações entre o PSDB local e o governo peemedebista, estão estremecidas, alguns peemedebistas resolveram se prevenir.

Além do deputado Dobrandino da Silva, que liberou o filho, Sâmis da Silva, para se filiar ao PSDB, o deputado Teruo Kato, também tratou de plantar raízes no ninho tucano.

A esposa do deputado peemedebista, Jeanne Kato, ingressou no PSDB e se os ventos não forem favoráveis para a eleição de Kato no PMDB, ela poderá concorrer pelo PSDB.