Parlamentares da base aliada ao governo Dilma Rousseff mostraram nesta terça-feira, 20, desconforto com as críticas públicas do PT ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Durante reunião dos líderes da Câmara no Palácio do Planalto, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) afirmou que, embora o seu partido não concorde com a política econômica colocada em prática pelo ministro, não ficava por aí “jogando para a plateia” e pedindo a saída de Levy.

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Dilma garantiu no domingo, 18, que Levy não vai deixar o governo. A presidente fez uma declaração enfática após crescerem os rumores sobre a suposta saída de Levy, alvo de críticas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de setores do PT e do próprio governo.

Na semana passada, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez críticas ao ministro da Fazenda durante uma reunião com a bancada do PT na Câmara. No fim de semana, foi a vez do presidente nacional do partido, Rui Falcão, cobrar mudanças na política econômica em uma entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.

Segundo o deputado do PCdoB, situações como essa são “inaceitáveis” e causam constrangimento aos parlamentares da base, que têm de defender os projetos de ajuste fiscal no Congresso. “Vários partidos abrem mão de expressar publicamente sua opinião para estabilizar a base”, disse Orlando.

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Até mesmo outros parlamentares que já tiveram embates com o ministro da Fazenda defenderam que não era hora de começar um movimento “fora, Levy”. “Eu sou do movimento ‘muda, Levy'”, disse o líder do PROS, deputado Rogério Rosso (DF).

Rosso disse que pediu ao ministro da Secretaria do Governo, Ricardo Berzoini, que organizasse uma reunião com Levy para que eles pudessem conversar sobre mudanças na política econômica.

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