A maioria do plenário da Assembleia Legislativa rejeitou ontem, 9, requerimento do deputado Neivo Beraldin (PDT) pedindo a suspensão da votação das contas do governador Roberto Requião de 2007 e de prestações de contas da ParanáCidade, no governo de Jaime Lerner.
As prestação de contas de 2007, da ParanáCidade, entre 2002 e 2004, misturando as administrações de Lerner e Requião, e da ParanáEducação, em 2004, foram aprovadas em segunda discussão.
Os deputados não acataram o argumento de Beraldin que pretendia obter a documentação detalhada dos pareceres do Tribunal de Contas do Estado e da Comissão de Tomada de Contas antes de votar os balanços. “Eu não tive acesso aos doze volumes das contas de 2007. Eu não posso votar o que não conheço”, protestou Beraldin.
Ele pretendia que os números fossem analisados por sua assessoria, especializada em orçamentos públicos. Ele considera “políticos” os pareceres emitidos pelo TCE, que são avaliados pelos deputados na Comissão de Tomada de Contas. Para Beraldin, os conselheiros contrariam as recomendações dos técnicos do TCE ao se manifestarem sobre as avaliações da contabilidade dos governos.
“Os técnicos dão parecer pela desaprovação. Mas quando o parecer chega nos conselheiros, vira político”, disse, sugerindo que os pareceres estão repletos de ressalvas às prestações de contas. “O rombo do Banestado sequer foi mencionado nos pareceres das contas de 1998 e 1999. É constrangedor fazer essa constatação. Mas é necessário”, disse o deputado pedetista.
