Depois de ter sido dada como enterrada, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), destinada a investigar os critérios usados pelo órgão nos reajustes de tarifas de energia elétrica, vai mesmo sair do papel. Com todos os representantes dos partidos confirmados – alguns por indicação dos líderes e outros por nomeação do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP) – o presidente da comissão, Eduardo da Fonte (PP-PE), quer realizar a primeira reunião da comissão na terça-feira. “Nessa primeira reunião queremos traçar o roteiro da CPI.”
No mês passado, PMDB, PT, PTB, PSDB, DEM, PPS e PR solicitaram a Temer, depois da instalação da CPI, a retirada dos seus indicados para a comissão. Segundo fontes no Congresso, havia um acordo para que a CPI só começasse mesmo a trabalhar em agosto. Porém, a decisão do deputado do PP de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para exigir o início dos trabalhos fez com que Temer solicitasse às lideranças que reapresentassem nomes para que a comissão pudesse funcionar.
O PMDB já atendeu ao pedido e enviou ofício com os mesmos nomes de antes. O PTB e o PR sinalizaram que o presidente da Câmara poderia nomear os mesmos deputados indicados anteriormente. Mas, no caso dos demais partidos (PT, DEM, PPS e PSDB), como não houve manifestação, coube a Temer fazer as nomeações usando o critério regimental da ordem alfabética. A relatoria da comissão ficou a cargo do deputado Alexandre Santos (PMDB-RJ).