O deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) afirmou, em vídeo publicado nas redes sociais ontem, que o Supremo Tribunal Federal tem de ser fechado. O parlamentar, que é ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro (OAB-RJ), também disse que a Corte deve ser apenas constitucional e que, se não for “enquadrada”, vai “enterrar de vez a democracia”.

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“Temos que redesenhar o poder Judiciário e o papel do Supremo Tribunal Federal. Tem que fechar o Supremo Tribunal Federal. Nós temos que criar uma Corte constitucional, de guarda exclusiva da Constituição, dos seus membros detentores de mandato”, afirmou o parlamentar petista.

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Intitulado “Barroso é o pior ministro do STF”, o vídeo do deputado faz ainda críticas ao ministro do Supremo. “Luís Roberto Barroso é, seguramente, o pior ministro do Supremo Tribunal Federal dos últimos tempos. É um mal para a democracia, é um mal para o Direito, é um mal para o Supremo, é um mal para o povo brasileiro”, declarou. “A última do Barroso é de que é papel do Supremo corrigir as escolhas do povo, que é papel do Supremo separar o joio do trigo e escolher pelo povo brasileiro. É com base nesse tipo de entendimento que ele ajudou a colocar o presidente Lula atrás das grades.”

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‘Joio’

Barroso votou contra o habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Operação Lava Jato. Nesta semana, durante evento no Rio, o ministro defendeu o “enfrentamento à corrupção”. “Já estamos conseguindo separar o joio do trigo. O problema é a quantidade de gente que ainda prefere o joio”, afirmou Barroso na ocasião.

Para Damous, Barroso só fala “idiotices”. “Nós temos que evitar que gente como o Roberto Barroso tenha o poder de ditar os rumos do processo eleitoral, da escolha popular, da democracia. Não foi pra isso que essa turma foi colocada lá. Eu tenho alertado lá na Câmara dos Deputados: ou nós enquadramos essa turma ou essa turma vai enterrar de vez a democracia.”

Procurado na sexta-feira, o gabinete de Barroso informou apenas que o ministro “jamais fez qualquer referência depreciativa” ao ex-presidente Lula. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.