O deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) informou há pouco que já encaminhou o requerimento pedindo a convocação de Maria Auxiliadora Tiburcio Duque, mulher do ex-diretor de Engenharia e Serviços da Petrobras, Renato Duque. Em depoimento à CPI da Petrobras, Duque manifestou incômodo com a possibilidade de sua mulher vir à comissão e negou que ela tenha tido contato com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto.
Durante a sessão, Perondi apelou para que Duque conte aos parlamentares o que sabe sobre o esquema de corrupção na Petrobras. “O senhor vai virar o (Marcos) Valério e vai apodrecer na cadeia. Ouça a dona Elza”, disse Perondi enfatizando que a “casa caiu” para os envolvidos no mensalão que não fizeram delação premiada. “Entregue quem está acima do senhor”, insistiu.
Ao responder, Duque corrigiu o deputado. “Dona Elza é minha mãe, não é minha esposa”, afirmou Duque, que se recusou em revelar o nome de sua mulher.
A sessão foi marcada por um bate-boca entre o delegado Waldir Soares (PSDB-GO) e um grupo de petistas quando o tucano provocou o PT ao falar em “cara de pau”. “Gostaria de pedir o seguinte: pedir para quem tem estabelecimento comercial aqui em Brasília mandar óleo de peroba para passar na cara dos deputados do PT. Dois, aparelho auditivo porque eles não querem escutar as vozes das ruas”, afirmou o delegado. Os petistas se levantaram com dedos em riste e os microfones foram cortados. “Tira o dedo! Abaixa o dedo”, retrucou o tucano aos gritos.
Youssef
Entre as poucas respostas que deu aos membros da CPI da Petrobras, Renato Duque disse que não conhece o doleiro Alberto Youssef, um dos operadores do esquema de corrupção na empresa.
Indagado pelo tucano Otávio Leite (RJ) se conhecia ou não o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, Duque voltou a dizer que permaneceria calado.