Deputado do DEM presidirá CCJ que julgará caso Arruda

O deputado distrital Geraldo Naves (DEM) foi eleito esta tarde presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Legislativa do Distrito Federal. O deputado Dr. Charles (PTB) foi escolhido vice-presidente do colegiado.

Caberá à CCJ julgar a constitucionalidade dos pedidos de impeachment contra o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (ex-DEM) e dos processos disciplinares contra dez deputados distritais envolvidos em um suposto esquema de corrupção no governo local.

A base aliada de Arruda também ficou com a maioria das vagas da CPI da Corrupção. Durante quase toda a manhã de hoje, os 24 deputados distritais discutiram a formação dos colegiados.

Para a CPI da Corrupção foram escalados os deputados Batista das Cooperativas (PRP); Alírio Neto (PPS); Raimundo Ribeiro (PSDB); Eliana Pedrosa (DEM) e Paulo Thadeu (PT).

A Comissão especial será conduzida por Chico Leite (PT), Cristiano Araújo (PTB), Alírio Neto (PPS), Batista das Cooperativas (PRP) e Geraldo Naves (DEM). A CCJ será formada por Batista das Cooperativas (PRP), Doutor Charles (PTB), Eurides Brito (PMDB), Geraldo Naves (DEM) e Chico Leite (PT).

Alguns deputados como José Antonio Reguffe (PDT) e Jaqueline Roriz (PMN) não puderam participar das comissões, porque não fazem parte de nenhum bloco partidário.

Na avaliação de Reguffe, como os aliados de Arruda são maioria nas comissões, é pouco provável que o esquema de corrupção envolvendo o governo local seja investigado pelo Legislativo. “A solução vai passar pelo Judiciário. Não vai partir da Câmara onde a maioria é governista”, disse Reguffe.

Ele informou que, durante a reunião geral nesta manhã, foi pedido ao deputado Leonardo Prudente para que deixe a presidência da Casa, uma vez que ele também é alvo de investigação.

O pedido foi feito pelos quatro deputados do PT e Reguffe, que formam o bloco oposicionista. Prudente, no entanto, insiste em permanecer no cargo. “É um deboche com a população o Prudente continuar na presidência. Em nenhum país sério um investigado conduz sua própria investigação.

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