A anunciada intervenção da União na administração de alguns portos estaduais, entre eles o Porto de Paranaguá, na última quarta-feira, está sendo criticada pelo deputado federal Eduardo Sciarra (DEM).
Para ele, a ação é tardia. “Trata-se de problemas que vêm se arrastando durante anos e que já foram denunciados à exaustão. O governo federal não fez absolutamente nada para corrigi-los. Agora, quando a nova administração do porto começa a tentar corrigir sua rota, surge a ameaça de uma ‘intervenção branca’. Por que só agora?”, questiona o deputado. De acordo com ele, nos últimos sete anos “um verdadeiro rosário de irregularidades e desmandos trouxe prejuízos bilionários ao agronegócio e à indústria paranaense, que se utilizam do porto para escoar sua produção”.
| Agência Câmara |
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| Sciarra: “Por que só agora?”. |
Além de criticar a demora de uma ação do governo federal, Sciarra responsabiliza o ex-governador Roberto Requião (PMDB) e seu irmão Eduardo Requião, ex-superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), pelos prejuízos que o porto teve nos últimos anos.
O deputado embasa sua posição referindo-se a oito Relatórios de Fiscalização da Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq), que por duas vezes recomendou a intervenção federal no porto, além de um Decreto Legislativo pedindo a intervenção, que foi aprovado na Câmara Federal, mas ficou congelado no Senado.
Para a intervenção, o governo federal selecionou portos nos quais considerou que a má operação tem afetado a competitividade do País. No caso de Paranaguá, está previsto um forte programa de investimentos, já que o local é considerado estratégico para a economia brasileira.
