O deputado estadual Algaci Túlio (PSDB) ingressou ontem com uma representação no Tribunal Regional Eleitoral denunciando a ocorrência de uma fraude no processo eleitoral de domingo passado. Túlio, que fez 20.619 votos mas não se reelegeu, apresentou exemplares de “colinhas” distribuídas em dois bairros de sua base eleitoral em Curitiba exibindo o número da candidatura do ex-vereador Custódio da Silva (PFL) e a fotografia do deputado tucano. Custódio, que atualmente está detido no Centro de Triagem em Curitiba, acusado de desvio de recursos públicos, também concorria a uma vaga na Assembléia Legislativa. E, segundo Túlio, também disputava votos no bairro CIC e Xaxim, onde foi encontrado o falso material de campanha.
Na representação ao TRE, o advogado do deputado, Julio Militão, cita a lei 10.408, de autoria do senador Roberto Requião (PMDB), que prevê a impressão do voto eletrônico para eventuais conferências, em caso de dúvida. O advogado argumentou que a aprovação da lei implica e o teste da impressão realizado em algumas cidades do país implicam o reconhecimento de que as urnas eletrônicas possam abrigar fraudes. No caso das “colinhas”, Túlio diz que embora tivesse a intenção de votar nele, o eleitor foi induzido a votar em Custódio. Para o deputado, dificilmente, depois de digitar o número que pensava ser dele, o eleitor foi conferir se a fotografia correspondia ao seu candidato.
