Deputadas contestam o “monopólio” de Gleisi

As deputadas federais petistas Dra. Clair e Selma Schons divulgaram ontem uma nota conjunta criticando o que chamam de monopólio dos integrantes do Campo Majoritário no espaço destinado ao partido no horário eleitoral gratuito das emissoras de rádio e televisão. A nota, que foi encaminhada ao presidente estadual do PT, deputado André Vargas, acusa a corrente de usar o partido para "alavancar pretensões pessoais".

O motivo do protesto das deputadas federais foi o convite de Vargas para que a diretora financeira da Usina de Itaipu, Gleisi Hofmann, atuasse como âncora das inserções do partido que serão exibidas a partir da próxima terça-feira, dia 25. Gleisi tem sido cogitada para ser candidata ao Senado ou à Câmara dos Deputados. Conforme Selma e Clair, convidada a produzir o programa do PT, Gleisi gravou sozinha as inserções, justificando que se tratava de uma situação emergencial.

"Questionamos o fato da companheira ter decidido sozinha gravar o programa. Poderia, se emergencial, ter chamado outras lideranças ou parlamentares que se encontravam em Curitiba. Os deputados estaduais e vereadores poderiam ali ser encontrados, já que encontravam ausentes os federais, senador e prefeitos. Na forma posta, essa inserção constitui um privilégio injustificável, que não pode se admitir em um partido", diz a nota assinada pelas duas deputadas.

Selma e Dra.Clair citam ainda que "o PT do Paraná não tem dono e não pode ser administrado como se tivesse". Elas lembram ainda que nas inserções anteriores do partido, Vargas foi o único a aparecer no horário eleitoral, embora o partido tenha um senador, seis deputados federais, nove deputados estaduais, 28 prefeitos, centenas de vereadores e outras inúmeras personalidades e lideranças.

O Estado procurou ontem a assessoria de Itaipu, que prometeu encaminhar a versão de Hofmann sobre o caso. 

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo