Depois de várias desistências provocadas pela previsão de que a medida será criticada pelos contribuintes, o Senado vai mesmo trocar a frota de 86 veículos utilizados pelos parlamentares. A decisão foi adotada nesta quinta-feira, na reunião da Mesa Diretora. O primeiro-secretário, senador Cícero Lucena (PSDB-PB), afirma que estão sendo examinadas duas alternativas: adquirir novos veículos em substituição aos Fiat Marea com média de oito anos de uso ou optar por um contrato de locação.
A medida atende a boa parte de senadores, incomodados com os problemas de oficina dos carros que usam. O Senado tem ao todo 188 veículos, entre os quais estão os 86 dos senadores, além de ônibus e microônibus utilizados no transportes de funcionários e convidados, vans para o transporte de integração até os estacionamentos, caminhões para transporte do mobiliário, ambulâncias, veículos leves e médios.
Lucena afirma que o alvo é reduzir o custo da Casa na área de transportes, hoje de R$ 17 milhões ao ano incluindo pessoal e demais despesas. O primeiro-secretário acredita que a substituição dos veículos reduzirá gastos com combustível, peças e manutenção da mão de obra.
“Quando você tem carro novo, tem vários modelos que dão quatro, cinco anos de garantia, dão manutenção”, alega. “Eu não acredito que seja papel do Senado ter uma grande oficina”. Qualquer que seja a decisão, a troca será feita mediante leilão eletrônico. Lucena avalia que o valor dos veículos em uso deve girar em torno de R$ 14 mil a R$ 15 mil.
A Secretaria de Comunicação Social (SCS) informa que 55 servidores terceirizados estão encarregados da manutenção e conservação da frota. São eles mecânicos, frentistas, lavadores, eletricistas, almoxarifes, alinhadores e pintores. Quanto aos motoristas, de acordo com a secretaria, 100 deles são comissionados, sendo 81 lotados nos gabinetes parlamentares e 19 nos gabinetes de lideranças e de membros da Mesa. Outros 77 são terceirizados e respondem pela condução da frota de 102 veículos de serviço.