O aguardado depoimento do policial civil Délcio Razera na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Grampo Telefônico foi adiado para quinta-feira (14), a pedido do advogado de defesa Luiz Comegno. O advogado justificou a mudança de data para que fosse possível cumprir o prazo de 24 horas após o recebimento da notificação, que a defesa tem direito. Embora a CPI tivesse marcado o depoimento para ontem, Razera só foi notificado ao meio-dia de segunda-feira. Mesmo assim, ele compareceu, escoltado por policiais.

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Porém, mesmo que Razera tivesse sido notificado com 24 horas de antecedência não seria possível a realização da sessão da CPI, já que não havia quórum mínimo. Somente três deputados estavam presentes: o presidente da CPI, deputado Antônio Anibelli (PMDB), o relator Jocelito Canto (PTB), e Duílio Genari (PP). Para que ocorra sessão, o regimento da Assembléia exige um mínimo de quatro dos sete deputados que compõem uma comissão parlamentar.

Como a bancada de oposição esvaziou a CPI, foi sentida mesmo somente a ausência do deputado Natálio Stica (PT). O petista surpreendeu-se com as declarações de que teria a sessão teria sido suspensa por causa de sua ausência no plenarinho da Assembléia Legislativa.

Canto considerou que o adiamento foi uma boa solução. ?Assim Razera poderá trazer novos elementos para a CPI?, disse. Hoje a CPI pretende ouvir o técnico em telefonia Isaque Pereira da Silva, acusado de estar envolvido nas operações de escuta ilegal. Canto afirma que, como os trabalhos legislativos acabam no dia 15, deverá ser escrito um relatório parcial para uma eventual nova CPI a ser proposta na legislatura que inicia em 1.º de janeiro. 

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