O depoimento dos juristas Miguel Reale Júnior e Janaina Paschoal na comissão especial do impeachment terminou em bate-boca e empurra-empurra na noite desta quarta-feira, 30. Ao encerrar a sessão devido ao andamento da ordem do dia no plenário da Casa, o presidente do colegiado, Rogério Rosso (PSD-DF), provocou a indignação dos governistas, que com dedos em riste, foram cobrar explicações.

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Segundo parlamentares ouvidos pelo Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, havia um acordo com Rosso para que a sessão prosseguisse mesmo com os trabalhos no plenário principal. Como se trata de uma audiência e não uma sessão deliberativa, teria sido acordado que todos os parlamentares teriam a oportunidade de falar e questionar os convidados enquanto houvesse a ordem do dia. “Ele errou. É uma praxe da Casa não interromper debates”, explicou o líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ).

Imediatamente, com o dedo levantado, o vice-líder do governo, Paulo Teixeira (PT-SP), foi cobrar a continuidade da reunião e a promessa de Rosso de que o petista teria oportunidade de fazer uma nova questão de ordem na comissão. Na sequência, o líder do PSOL, Ivan Valente (SP), acusou o presidente do colegiado de praticar um golpe. “É uma audiência pública, pode continuar o debate. Ele rompeu o acordo de líderes”, afirmou.

Ivan foi confrontado pelo tucano Caio Nárcio (MG), momento que gerou um empurra-empurra entre os deputados. As discussões se generalizaram e Rosso deixou a sala da comissão enquanto os deputados discutiam entre si.

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Mais de 50 parlamentares haviam se inscrito para discursar, menos de 10 falaram. A assessoria de imprensa de Rosso informou que a reunião foi encerrada para não invalidar o processo e evitar questionamentos jurídicos no futuro. Amanhã, disse a assessoria, Teixeira poderá apresentar sua questão de ordem.