O presidente da CPI do Grampo, deputado Marcelo Rangel (PPS), disse que o depoimento do delegado chefe do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), Alexandre Macurin, atestou que há indícios fortes de que havia um sistema de escuta clandestina instalado na Assembleia Legislativa.
Na reunião realizada nesta terça-feira, o delegado disse aos deputados que somente os peritos da Polícia Científica podem confirmar a finalidade do equipamento, mas que as análises prévias mostram que alguns dos aparelhos foram instalados de forma camuflada e que outros são similares a um sistema clássico de grampos telefônicos.
A CPI quer agora solicitar o depoimento do perito chefe da equipe da Polícia Científica para saber detalhes do relatório que está preparando sobre a aparelhagem localizada em salas da presidência, 1ª e 2ª secretarias da Assembleia Legislativa.
Os técnicos da empresa privada Embrasil, que realizaram a varredura na qual foram localizados os equipamentos, concluíram que parte do sistema era destinada à escuta ambiental. Mas não determinaram se parte dos aparelhos também poderia ser usado como bloqueadores de grampos.
Como a Mesa Executiva anterior havia autorizado a compra de bloqueadores de escuta telefônica, os deputados da CPI pretendem identificar se os aparelhos são os mesmos descobertos na varredura contratada pela nova Mesa Executiva. Rangel também quer ouvir os representantes da empresa que venderam os equipamentos para a Assembleia Legislativa.