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A Comissão Permanente de Fiscalização da Assembléia Legislativa fez sessão ontem de manhã, no auditório do subsolo do Complexo Legislativo Aníbal Curi, para levantar informações sobre aplicações financeiras da Fundação Copel e para ouvir o representante da empresa Karta DVTM sobre fatos relacionados com a renegociação de títulos do Estado de Alagoas pelo governo do Paraná.

Sem quórum para deliberação, o presidente da CF, deputado Neivo Beraldin (PDT), limitou-se a colher os depoimentos de Murilo Batista Jr. e Elzio Batista Machado, atuais presidente e diretor financeiro da Fundação Copel.

Sobre o montante atualmente aplicado no Banco Santos, Murilo Batista Jr. destacou que chega a R$ 331 milhões (fundos e CDB?s), sendo R$ 144 milhões em outros fundos e, destes, R$ 114 milhões em renda fixa. Disse ainda que do total aplicado através do BS "apenas R$ 36,7 milhões eventualmente correm risco".

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O depoente foi indagado sobre o valor total dos investimentos no Banco Santos em 2003, sobre a redução da aplicação de R$ 90 para R$ 50 milhões no Pan Americano, sobre a opção pelo Banco Santos, apesar dos riscos apontados pelo relatório Kroll. Murillo Batista Júnior insistiu que as aplicações da Fundação Copel sempre foram feitas de acordo com a política de investimentos da casa, com a avaliação técnica da diretoria financeira e regras estipuladas para a política de investimentos.

Solemar Rochenbach, presidente de sindicato ligado a funcionários da Copel, apresentou cópia de correspondência do presidente da companhia, Paulo Cruz Pimentel, orientando sobre as aplicações no CDB do Banco Santos e outros investimentos. Sobre essas orientações, Murilo reafirmou que estavam dentro da política de investimentos adotada pela estatal. Neivo dispensou as perguntas que seriam dirigidas a Elzio Batista Machado, diretor financeiro da FC, alegando que "as respostas do diretor presidente foram elucidativas".

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O terceiro depoente da sessão foi Antonio Carlos Morais, diretor da Karta DTVM, convocado para responder sobre questões de intermediação dos títulos mobiliários de Alagoas. O questionamento principal dos deputados foi a comissão paga à empresa MFM Consultoria, que recebeu do governo do Paraná R$ 4,6 milhões após a renegociação com o Estado de Alagoas de títulos no valor de R$ 130 milhões. Com capital registrado de R$ 3 mil, a MFM foi responsável por toda a operação. Morais disse que os R$ 4,6 milhões recebidos pela empresa não devem ter ficado com ela, mas não indicou os verdadeiros beneficiados. Agora, Beraldin quer convocar para depor o procurador-geral do Estado, Sérgio Botto de Lacerda e Sérgio Roberto Uchoa Dória, secretário da Fazenda do Estado de Alagoas à época das negociações.