Denúncias contra Orlando continuarão a ser apuradas

Autor do pedido de investigação contra Orlando Silva, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou hoje que as apurações continuarão mesmo com a saída dele do Ministério do Esporte. “A gente tem que investigar independentemente”, disse.

Segundo Gurgel, é necessário investigar amplamente o suposto esquema de desvio de verbas do programa Segundo Tempo. “A saída eventual dele do Ministério não altera a necessidade de investigação porque a primeira aparência é a de que todo esse programa Segundo Tempo tem sérios problemas de irregularidades em todo o País”, afirmou o procurador.

A demissão de Orlando Silva fará com que o inquérito aberto nesta semana pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia Antunes Rocha seja transferido para o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ao deixar o cargo, Orlando Silva perde direito ao chamado foro especial, ou seja, de ser investigado e julgado perante o STF.

Mas como o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, também é investigado o caso passará para o STJ. No Brasil, os governadores têm direito ao foro privilegiado, só que no STJ. Dessa forma, as apurações e os processos contra governadores de Estado tramitam no STJ.

Orlando Silva foi o primeiro ministro do governo da presidente Dilma Rousseff alvo de um inquérito no STF. A investigação foi aberta para apurar o suposto envolvimento dele em crimes contra a administração pública. Ao pedir a abertura do inquérito, o procurador-geral da República afirmou que existiam “fortes indícios” de desvios “em proveito de integrantes do PC do B”.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna