Após se reunir com o ex-ministro Joaquim Barbosa na sede do PSB, o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, defendeu um acordo entre os partidos a favor de uma “ampla frente democrática”. Ele não descartou a possibilidade do próprio Joaquim ser a pessoa que unificaria as legendas em torno dessa ideia. Segundo ele, os democratas deveriam “construir um programa mínimo e efetivamente se juntar para disputar a eleição”.

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“Não é uma frente de esquerda, e sim democrática. Mas uma frente depende de outros atores. Se outros atores não querem discutir em pé de igualdade, o PSB se sente no direito de ofertar uma candidatura própria”, declarou. “Espero que haja discussão com outras mãos, mas sem hegemonia ou exclusivismo.” Questionado se a fala fazia referência ao PT, ele disse que se referia a todos os partidos.

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Ele destacou que, além da candidatura em si, é preciso que haja no partido uma consciência sobre a importância da frente democrática, porém o governador frisou que este é um posicionamento dele.

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De acordo com Coutinho, esta foi uma conversa inicial com Joaquim Barbosa e ainda não tem “nada em definitivo” sobre sua possível candidatura à presidência da República. “Nem o próprio ministro se disse disposto a fazer uma caminhada pelo Brasil defendendo a sua postulação”, afirmou. Embora tenha saído mais cedo da reunião, Coutinho disse que Barbosa possui várias ideias sobre “praticamente tudo”, inclusive economia, mas não especificou quais seriam elas. “Estamos fazendo um reconhecimento mútuo de ideias.”

Ao ser questionado sobre o papel do ex-presidente Lula na eleição, especialmente no Nordeste, Coutinho disse que o petista possui “um papel muito importante, mas não é o único”. “Lula possui um papel muito importante como um grande líder, isso ninguém tira, mas a sociedade também não é toda unificada em torno do Lula”, ponderou.

Ele também negou qualquer possibilidade do PSB apoiar a candidatura do tucano Geraldo Alckmin.