Demissão de Botto não chegou ao governo

Aliados do Palácio Iguaçu garantem que o governador Roberto Requião (PMDB) não recebeu o pedido de demissão do procurador-geral do Estado, Sérgio Botto de Lacerda. Nem mesmo a Casa Civil confirma a decisão de Botto de deixar o governo.

Até ontem o procurador-geral do Estado não havia se manifestado sobre o assunto, embora sua demissão tenha sido divulgada por vários órgãos de comunicação, que apontavam conflitos entre Botto e outros setores do governo, envolvendo também o ouvidor-geral do Estado, Luiz Carlos Delazari e seu filho, o secretário de Segurança, Luiz Fernando Delazari.

Fontes próximas ao governador asseguram que alguns desentendimentos já foram contornados e que o pedido de demissão foi abortado, antes de ser formalizado. Alguns deputados peemedebistas não gostaram da forma como o assunto vazou para a imprensa. ?Essas questões são do foro íntimo do governo. Não entendo pedidos de demissão pela imprensa, mas eles que são brancos que se entendam. Espero que cheguem a um denominador comum?, comentou o deputado Nereu Moura (PMDB).

Botto de Lacerda era esperado ontem na festa de aniversário do governador Roberto Requião (PMDB), na Granja do Cangüiri, onde a expectativa era que houvesse um desmentido da sua saída do governo. A Associação dos Procuradores do Estado do Paraná (Apep) encaminhou ontem documento a Requião, em defesa de Botto, pedindo que o governador mantenha o procurador em sua função. De acordo com a Apep, o procurador-geral sempre conduziu suas ações em defesa do interesse público, tendo ?atraído para ele agressões injustas de certos segmentos do governo que privilegiam interesses pessoais diminutos e colocam sob suspeita a integridade e o acerto de decisões administrativas?, diz a nota. 

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