O presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), pediu ontem ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que investigue se o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general Jorge Felix, omitiu informações sobre a suposta reunião ocorrida no final do ano passado entre a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e a ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira. Segundo a ex-secretária, o assunto do encontro teriam sido investigações do órgão em empresas da família do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

continua após a publicidade

Maia decidiu acionar o procurador após o GSI ter divulgado uma nota na qual afirmou que não existem registros do encontro. Dias antes, o deputado federal Ronaldo Caiado (DEM-GO) tinha enviado um requerimento de informação a Dilma solicitando dados da agenda oficial da ministra e as gravações do circuito interno e externo do Palácio do Planalto, que monitoram o acesso de veículos e pessoas ao prédio. Segundo o GSI, o período médio de armazenamento de imagens é de 30 dias.

O presidente do DEM desconfia que tenha ocorrido uma queima de provas. Se isso de fato aconteceu, ele sustenta que podem ter sido cometidos “ao menos em tese” os crimes de supressão de documento e extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento. Lina Vieira afirma que a ministra Dilma teria pedido a ela que acelerasse a auditoria nas empresas da família de José Sarney, gerenciadas pelo filho do senador, Fernando. Dilma nega o encontro e afirma não ter feito pedido algum.

continua após a publicidade