O comando nacional do DEM já prepara sua estratégia para se blindar politicamente caso o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, apresente recurso à Justiça para evitar a expulsão. Se isso ocorrer, os dirigentes decidiram que farão sua “expulsão política” , mesmo que isso não tenha validade legal.
Eles também negarão a legenda para que concorra à reeleição, uma vez que sua eventual candidatura só poderá ser aceita se ele for escolhido e homologado pelo diretório regional do DEM. Informalmente, os dirigentes do partido admitem até mesmo intervir no diretório, no caso de precisarem impedir a candidatura.
Apesar disso, esses líderes acreditam que a solução extrema de apelar para a intervenção nem será necessária, pois o controle do diretório está hoje nas mãos do vice-governador Paulo Octávio. Apesar de citado no escândalo, ele não aparece em nenhuma das gravações de vídeo e o partido avalia que sua situação não merece ainda a abertura de processo disciplinar.
O DEM estaria até apostando em Paulo Octávio como opção de candidatura à sucessão de Arruda. Mas o comando do partido sabe que será praticamente impossível apresentar um projeto político consistente na capital, depois do envolvimento de seus principais representantes locais no escândalo. A reunião para decidir a expulsão de Arruda está marcada para quinta-feira, mas pode se estender até sexta.