O líder do DEM, Pauderney Avelino (AM), disse na noite desta terça-feira, 10, não ver problemas em dar mais um dia para que o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), renuncie ao cargo. “Não seria eu o algoz liminar. Não custa nada esperar”, justificou.
Pauderney é um dos líderes que defendem a renúncia de Maranhão e nova eleição para a primeira vice-presidência da Casa. Nos bastidores, parlamentares afirmam que o deputado do PP teria recebido uma oferta para integrar o governo de Flávio Dino (PCdoB) no Maranhão, o que o tiraria da Câmara. A oposição afirma que faz questão da renúncia porque, caso se licencie do cargo para virar secretário estadual, Maranhão seria apenas afastado da Mesa Diretora e, se voltar à Casa, poderia reassumir o posto.
O líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), considerou o prazo de dois dias para Maranhão definir a renúncia “razoável”. “O fundamental é o caminho da estabilidade”, comentou. Questionado se acha que Maranhão vai renunciar, o peemedebista disse que prefere aguardar. “Renúncia é uma decisão pessoal”, alegou.
O DEM, junto com o PSD, é autor da representação protocolada ontem e que pede abertura do processo por quebra de decoro contra Maranhão. A ideia é retirar a representação se Maranhão deixar o exercício da presidência. Como o pedido ainda está na Mesa Diretora, os partidos têm até as 19h de quinta-feira, 12, para desistir da ação. Caso não haja pedido de retirada, a representação seguirá para o Conselho de Ética, onde o processo é obrigado a prosseguir até a votação de um parecer preliminar pela admissibilidade.