Depois de se reunir com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o pré-candidato tucano à prefeitura paulistana, José Serra, a cúpula do DEM ofereceu almoço hojeem Brasília ao vice-presidente da República Michel Temer e dirigentes do PMDB para tratar de sucessão na capital.
Embora não tenha sido convidado a participar, o candidato peemedebista a prefeito de São Paulo, deputado Gabriel Chalita, entrou no debate. O PMDB não desistiu de tentar o apoio do DEM para eleger seu candidato na maior cidade do País. O assédio do PMDB é útil ao DEM sobretudo para acelerar o entendimento com o PSDB e garantir o apoio dos tucanos a seus candidatos em Salvador e Recife. O partido já estabeleceu prazo para concluir o acordo. Quer o sinal verde do tucanato até o final deste mês. Caso o PSDB não se defina, um dirigente do DEM afirma que a legenda fechará com Chalita.
Anfitrião do encontro, o presidente nacional do DEM, senador José Agripino (RN), fez questão de ressaltar que estava retribuindo o almoço ofertado por Temer no Palácio do Jaburu, há cerca de um mês, e lembrou a reunião com os tucanos na véspera, em que foram colocadas as exigências do partido. Na hipótese do apoio a Serra, eles não abrem mão de indicar o candidato a vice na chapa tucana. Eles não aceitam que o prefeito de São Paulo e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, escolha o vice de Serra.
A cúpula do DEM avaliou que a conversa foi positiva, embora nada tenha sido decidido hoje. Para Agripino, o importante foi manter em aberto a possibilidade de uma parceria com os peemedebistas em Salvador e Recife, capitais em que os dois candidatos do partido a o líder na Câmara, ACM Neto (BA) e o deputado Mendonça Filho (PE) a estão bem posicionados nas pesquisas eleitorais e têm chances de vitória. Manter a porta aberta para uma composição também agrada Chalita e seus apoiadores que lutam para ampliar o tempo de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão.
Agripino ponderou sobre a importância da unidade das oposições na Bahia e os peemedebista concordaram, Mas o que o PMDB baiano quer é o apoio do DEM ao pré-candidato Mário Kertesz. Apesar da corte dos democratas ao PMDB, um peemedebista experiente avalia que a preferência do DEM é por uma aliança com Alckmin e Serra. Este parlamentar acredita que o DEM pode estar usando o movimento do PMDB em sua direção apenas para se cacifar com o tucanato. Ele duvida do interesse real pela parceria em São Paulo.