O DEM deve ingressar amanhã no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com recursos para reconquistar os mandatos de seis parlamentares que deixaram o partido nos últimos meses. A sigla decidiu em reunião da Executiva que vai brigar pelas vagas de três deputados e três senadores, apesar de ter conhecimento de que os senadores deixaram o partido antes do prazo fixado pelo tribunal para que as agremiações tenham de volta mandatos de infiéis.
O DEM vai brigar pelos mandatos dos senadores Romeu Tuma (PTB-SP), Edison Lobão (PMDB-MA) e César Borges (PR-BA). Todos deixaram a legenda antes de 16 de outubro, data em que passou a vigorar a resolução do TSE. Ela determina que os mandatos pertencem aos partidos, e não aos eleitos para cargos majoritários (senadores, presidente da República, governadores e prefeitos).
O presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), avisou que o partido vai recorrer dos mandatos dos senadores, apesar de eles não terem descumprido a norma legal. O estatuto do partido prevê a perda de mandato aos parlamentares que deixarem a legenda.
Segundo informações do DEM, na Câmara os dirigentes do partido vão tentar reconquistar o mandato de Walter Brito Neto (PRB-PB), suplente do deputado Ronaldo Cunha Lima (PSDB-PB) e os postos deixados pelos deputados Gervásio Silva (PSDB-SC) e Jusmari Oliveira (PR-BA). Os dois deputados deixaram o DEM depois do dia 27 de março deste ano. Cunha Lima renunciou na semana passada para escapar de julgamento pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ).