Tratado como novo aliado pela presidente Dilma Rousseff, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, deverá enfrentar um batalha jurídica para manter o mandato se trocar o DEM pelo PMDB. Setores do DEM já admitem que vão pedir à Justiça a devolução do mandato caso o prefeito leve a ideia adiante. Alegam não existir nenhuma brecha que facilite a saída de Kassab na resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de 2008, que trata da fidelidade partidária.
“O partido não vai assistir à saída injustificada da agremiação de forma impune”, diz um dos líderes do partido. Para o grupo, é claro que haverá reação, até em nome da própria preservação. A legenda perdeu nas eleições do ano passado 9 de seus 52 deputados e 8 de seus 13 senadores – ficou com bancada na Câmara reduzida a 43 parlamentares e com apenas 5 integrantes no Senado.
Da mesma forma que o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva agiu na campanha para tirar votos de candidatos do DEM, Dilma e seu vice, deputado Michel Temer (PMDB-SP), agem agora para atrair Kassab para o PMDB, maior partido da base aliada do governo, e fincar um pé no maior colégio eleitoral do País, São Paulo.