O candidato do PSB ao governo de Minas Gerais, Tarcísio Delgado, afirmou ser a favor da produção agrícola sustentável. “Não apoiaria nenhum projeto que contrariasse isso. Tenho medo de falar do meio ambiente, mas não sou xiita. Se há um lugar bom para produzir, tem que abrir espaço para produção, mas com reservas”, sem prejudicar a produção agrária, disse em encontro promovido pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg).
O candidato, entretanto, não respondeu à questão sobre indenização aos produtores que tiveram suas propriedades cedidas para unidades de conservação (cerca de 400 mil hectares) no processo de regularização fundiária no Estado. A jornalistas, após sua participação, afirmou que “vai ver como fazer esse pagamento quando estiver lá”. “O Estado deve pagar, mas é preciso ver se é possível ou não. Na verdade, o governo tem que pagar, mas o Estado está falido, não será no primeiro dia, mas tem que resolver isso”, disse.
Sobre quais pilares estariam em seu governo para promover o crescimento do agronegócio em Minas Gerais, cujo PIB entre 2002 e 2013 cresceu 90,3%, com uma taxa média anual de 7,5%, e que a representatividade no PIB do agronegócio nacional passou no mesmo período de 9% para 13%, Tarcísio citou melhorias em infraestrutura, utilização intensiva da pesquisa, ampliação do seguro rural e resgatar a importância do Estado junto à União. “Apesar de tudo, de que precisa haver melhorias, em Minas nosso PIB do agronegócio é ‘pibão’. Não pretendo fazer nada para agronegócio e agricultura familiar, mas com eles, ou seja, pretendo trabalhar junto. Não quero inventar a roda”, disse.
Marina e campanha
Delgado comentou que da última vez que esteve com Marina Silva, também do PSB, a presidenciável disse a ele que estaria em Minas Gerais mais de uma vez até as eleições. “O apoio e crescimento dela nas pesquisas me ajuda, mas não estou preocupado com isso. Eu tenho é dificuldade de fazer campanha. Eduardo Campos prometeu que haveria mais recursos para o Estado, mas aí ele morreu e agora dificultou tudo. O diretório nacional liberou alguma coisa, mas menos do que Campos havia prometido”, reiterou a informação que havia adiantado ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, na semana passada.
Sobre se a briga e ofensas pessoais entre os dois principais candidatos – Fernando Pimentel (PT) e Pimenta da Veiga (PSDB) – beneficia sua campanha, já que ele não é alvo direto, Tarcísio ironizou: “os dois estão com a razão”.