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Delegados não querem Lula na sede da PF

Delegados de Polícia Federal (PF) não querem Lula preso no prédio-sede da corporação em Curitiba. Por meio de ofício ao superintendente regional da PF no Paraná, delegado Maurício Valeixo, o sindicato da classe no Estado alega que a permanência de Lula no local provoca “transtornos e riscos à população e aos funcionários”.

Eles pedem a transferência imediata do petista para “outro local” sob o argumento de que a PF não é “sob nenhum aspecto” lugar apropriado para cumprimento de sentença penal condenatória.

O ex-presidente ocupa uma sala especial no último andar da PF desde sábado, 7, por ordem do juiz federal Sérgio Moro, que condenou o petista a 12 anos e um mês de reclusão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo do famoso triplex do Guarujá (SP).

Desde a chegada de Lula, Curitiba virou foco de protestos a seu favor e contra. Grupos entraram em conflito e os policiais usaram bombas e balas de borracha para dispersar manifestantes ainda no sábado à noite, deixando pelo menos oito feridos.

“São realizados, além da rotina policial, atendimentos ao público, dentre eles, emissão de passaportes e questões relacionadas a produtos químicos, segurança privada, armas e emissão de certidões de antecedentes criminais da Polícia Federal”, argumenta o Sindicato dos Delegados de Polícia Federal do Estado do Paraná. Assim, diariamente, centenas de pessoas que frequentam estas instalações (da PF) precisam, por razões diversas e relevantes, de segurança e agilidade no atendimento.”

A entidade pondera que “há comprovados riscos à população que reside no entorno do prédio da PF, aos policiais federais e demais integrantes do sistema de segurança pública que moram nas imediações da Sede da Polícia Federal, ao passo que alguns invasores, que já se instalaram com barracas e determinada estrutura, já estão promovendo ações no sentido de intimidar estas pessoas”.

O sindicato ressalta que policiais temem pela segurança de suas famílias. “Outros policiais federais e moradores estão informando, extraoficialmente, que temem pela segurança de suas famílias em face das ameaças e presença de tais manifestantes.”

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