Um dos braços direitos do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), Fernando Francischini (PSL) é o candidato a deputado estadual mais votado da história do Paraná. Delegado licenciado da Polícia Federal, o londrinense de 48 anos recebeu 427.742 votos neste domingo (7). De quebra, carregou mais sete parlamentares, fazendo do PSL a maior bancada na Assembleia Legislativa a partir de 2019.
A vida político-partidária de Francischini teve ascensão meteórica. Ex-membro do Exército e da Polícia Militar, ficou nacionalmente conhecido pelas prisões do traficante colombiano Juan Carlos Abadia e do contrabandista Law Kim Chong, já na Polícia Federal. Graças a isso, elegeu-se deputado federal pela primeira vez em 2010. Reelegeu-se em 2014 e logo foi convidado para assumir a Secretaria de Estado da Segurança Pública na segunda gestão Beto Richa (PSDB).
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No cargo, comandou a atuação da Polícia Militar no episódio que ficou conhecido como “Batalha do Centro Cívico”. Era tarde de 29 de abril de 2015, quando servidores estaduais – sobretudo professores – protestavam em frente à Assembleia contra um projeto de lei do governo do estado que mexia na Paranaprevidência. Com a Casa cercada por policiais para evitar a entrada dos manifestantes, houve um confronto generalizado por quase duas horas. 213 pessoas ficaram feridas.
Sobre o assunto, Francischini diz que o resultado deste domingo mostra que a população quer cada vez mais um país ordeiro, com lei e ordem. “Cumpri a minha obrigação técnica naquele dia. Mesmo respeitando o direito de manifestação dos professores, não podia deixar que uma parcela de arruaceiros do MST e de sindicatos quebrassem o Centro Cívico.”
O deputado do PSL admite que não esperava uma votação tão estrondosa, mas argumenta que ela é reflexo de, a pedido de Bolsonaro em nome de um projeto de país, ter aberto mão do objetivo maior de disputar o Senado pelo Paraná. Mas, apesar da proximidade com o vencedor do 1º turno na disputa presidencial, o parlamentar nega, ao menos por ora, que tenha a intenção de assumir algum cargo em Brasília em caso de vitória do candidato do PSL.
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“Nunca tivemos conversas de cargo. Até porque ele tem o objetivo de ocupar ministérios menos políticos e mais técnicos. E essa mudança só se manterá se o discurso for aplicado na prática”, diz Francischini. “Minha votação gera uma obrigação muito grande no Paraná, inclusive de cuidar dessa grande bancada eleita, na defesa de princípios e valores.”
Em relação à atuação dele na Assembleia, afirma que pretende legislar menos – já que os grandes temas se concentram no Congresso – e ajudar mais no elo entre o Paraná e o governo federal. Já sobre a relação que a bancada do PSL terá com Ratinho Junior (PSD), ele destaca que o governador eleito apoia Bolsonaro, o que certamente facilitará um entendimento. “A tendência é de alinhamento”, resume