Mistério!!

Delação de doleiro sobre escândalo no governo Lerner desaparece

O principal processo criminal do caso Copel/Olvepar, escândalo de corrupção que marcou o final do governo Jaime Lerner, em 2002, passa agora por uma “restauração”. Em 2015, foi descoberto que colaborações do doleiro Alberto Youssef desapareceram do processo.

Hoje pivô da Lava Jato, Youssef também é réu do caso Copel/Olvepar, cuja denúncia foi oferecida em 2003 pelo Ministério Público Estadual (MP). Mas, em dezembro daquele ano, já na mira no caso Banestado, o doleiro fez um acordo de cooperação com o MP, se comprometendo a ajudar nas investigações.

Mas a delação de Youssef sobre o escândalo envolvendo a Copel nunca foi homologada pela Justiça Estadual. Em 18 de agosto último, em função da descoberta do extravio, Youssef fez uma nova delação pro processo criminal da Copel/Olvepar, homologada três dias depois pelo juiz Fernando Bardelli Silva Fischer, da 2.ª Vara Criminal de Curitiba.

O advogado de Youssef, Antonio Figueiredo Basto, afirmou que o “sumiço” foi descoberto quando, já preso por causa da Lava Jato, Youssef foi surpreendido com um novo pedido de prisão pelo caso Copel/Olvepar. “Não entendi o motivo. Aí, quando fomos ver, a colaboração do Youssef não existia nos autos. É um absurdo”, criticou Basto.

O promotor de Justiça Jacson Luiz Zilio, que hoje está à frente do caso, confirmou o estravio, sem entrar em detalhes.
O MP aponta prejuízos de R$ 100 milhões aos cofres públicos no caso Copel/Olvepar. São réus oito pessoas, entre elas o ex-secretário da Fazenda e ex-diretor-presidente da Copel Ingo Hubert e quatro ex-funcionários do alto escalão da Copel. Entre as acusações, estão formação de quadrilha, falsidade ideológica e peculato.

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