Sem o apoio de um dos maiores cabos eleitorais do PSDB em São Paulo, o governador José Serra, o candidato tucano à Prefeitura de São Paulo, Geraldo Alckmin, evitou nesta quarta-feira (1º), mais uma vez, tecer comentários sobre esta ausência em sua campanha. “Vamos entender as circunstâncias dele”, disse em resposta aos questionamentos dos repórteres. “Deixa o Serra sossegado”, afirmou o candidato pela coligação “São Paulo, na Melhor Direção” (PSDB-PTB-PHS-PSL-PSDC).

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Nessas eleições municipais, Serra se manteve afastado dos palanques na capital paulista, por causa da divisão que ocorreu entre os antigos aliados PSDB e DEM. O candidato do partido do governador é Alckmin, mas nos bastidores, o apoio de Serra é para o prefeito e candidato à reeleição pelo DEM, Gilberto Kassab, que o sucedeu na Prefeitura. A única presença de Serra na campanha de Alckmin foi a participação, protocolar, em um jantar do PSDB para a arrecadação de fundos e a gravação de um depoimento para o programa de TV.

Nesse cenário e com a ampliação da vantagem de Kassab, da coligação “São Paulo no Rumo Certo” (DEM-PR-PMDB-PRP-PV-PSC), sobre Alckmin – revelada hoje pela pesquisa Datafolha -, o desânimo tomou conta da campanha do tucano ao longo da manhã. Se logo cedo Alckmin prometia “manter o bom humor” diante do momento difícil e intensificar a campanha, pouco depois do meio dia, decidiu interromper uma mega carreata pela zona leste, prevista para terminar às 17 horas, a fim de gravar, às pressas, cenas para o horário eleitoral gratuito de hoje à noite na TV.

“Vou gravar um comercial e volto”, disse ao se despedir dos jornalistas. No entanto, segundo fontes ligadas à campanha, Alckmin deve ficar na produtora o tempo necessário para aprontar o programa da noite, que deve trazer munição nova contra os adversários.

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