A defesa do presidente Michel Temer, denunciado no Supremo Tribunal Federal (STF), pediu ao relator do caso, ministro Edson Fachin, que intime os peritos do Instituto Nacional de Criminalística (INC) da Polícia Federal a responderem a 12 questionamentos que foram apresentados sobre a perícia do áudio da conversa gravada por Joesley Batista com o presidente no Palácio do Jaburu.

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O advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira disse que apenas os 15 primeiros quesitos apresentados foram respondidos, e os demais – encaminhados em um segundo momento – ficaram faltando. “Chama atenção, com a devida vênia, que justamente naquelas questões apresentadas pelo perito contratado pela defesa, Prof. Ricardo Molina, tenha silenciado o Instituto Nacional de Criminalística”, disse o advogado, afirmando que isso seria uma “omissão”.

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Um segundo pedido feito foi para que os advogados e o assistente técnico da defesa possam ter acesso “aos aparelhos gravadores, supostamente utilizados na gravação periciada, a fim de que realizem seus testes, sempre no objetivo de contribuir com a realização plena de justiça”.

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O terceiro e último pedido encaminhado pela defesa nesta quarta-feira é o de acesso a sete gravações apagadas que foram recuperadas durante o trabalho pericial, “a fim de subsidiar a ampla defesa dos subscritores”. Trata-se de um “tema de fundamental importância à defesa”, segundo Mariz.

“Tais gravações não foram encontradas pela defesa após atualizar sua cópia integral na data de hoje – levando, inclusive, à solicitação verbal aos servidores do Setor de Processos Originários, assim como do gabinete de Vossa Excelência”, disse.